O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), e o primo dele, atual secretário de Desenvolvimento Urbano do município, Davi Mendanha, foram alvos de uma operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira (19). A polícia cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra os dois e empresários, com o objetivo de apurar suposto crime de fraude em licitação.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu dois computadores na casa de Gustavo Mendanha. Na residência do primo dele, foram apreendidos pen drives e um notebook. Já na casa de empresários foram apreendidas armas.
De acordo com a polícia, a investigação apura fraudes em licitação para construção de nova sede do Legislativo de Aparecida de Goiânia. Durante a operação, foi realizado o bloqueio de bens dos investigados correspondente à quantia de mais de R$ 1 milhão.
“A investigação apura fraude licitatória e fraude na execução do contrato. A fraude diz respeito ao direcionamento na contratação de uma empresa, porém, quem executou o serviço foi uma outra empresa, cujos sócios têm forte ligação com os servidores investigados”, detalhou o delegado Alexandre Otaviano Nogueira.
Em nota, a assessoria de Gustavo Mendanha disse que a operação busca irregularidades na administração da Câmara de Vereadores de Aparecida em 2018, dois anos após a saída de Mendanha da presidência do Legislativo. E que, por esse motivo, o ex-prefeito “não possui qualquer relação com o fato investigado”.
O comunicado diz também que Mendanha “aguarda os autos do processo judicial para entender o motivo da busca e apreensão em sua residência”, que “respeita as instituições da Justiça” e “se coloca à disposição para colaborar com qualquer investigação que atente contra sua honra e idoneidade”.

Davi Mendanha disse que “não há qualquer irregularidade na execução das obras da nova sede da Câmara, no período em que trabalhei como Procurador Geral do Poder Legislativo”. Ele reforçou que está tranquilo e provará sua inocência no decorrer das investigações.
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou somente que “o fato investigado não tem relação com a gestão do Poder Executivo municipal”.
Já a Câmara Municipal de Aparecida informou que “não houve qualquer desdobramento nas dependências físicas da sede do Poder Legislativo em relação à operação da Polícia Civil” e que a ação “abrangeu somente endereços de pessoas que passaram pela Câmara em gestões anteriores”.
G1 GO