Órgão criou e regulamentou soluções alternativas para o abastecimento de água e tratamento de esgoto, após o fim do contrato com a SANEAGO
Criada em 2022, pela Gestão Leonardo Menezes, a SAEGO, Superintendência Municipal de Água e Esgoto, comemora nesta sexta (26), dois anos de atuação em Goianésia.
O órgão surgiu em caráter emergencial, para atender as demandas da população, em um momento em que passavam a ser desassistidos pela SANEAGO, por falta renovação contratual com a gestão anterior.
Mediante à realidade do rodízio de distribuição de água para os bairros goianesienses, a Prefeitura de Goianésia agiu para intervir em ações que deveriam ser responsabilidade do Estado. Por falta de contrato vigente, a SANEAGO se via impossibilitada de realizar intervenções e investimentos na rede de abastecimento do município, e é neste contexto que surge a SAEGO.
“O que aconteceu foi que a Saneago foi deixando de lado Goianésia, porque, como estava essa situação jurídica incerta de não ter contrato, até os próprios funcionários foram se desmobilizando aqui”, conta o superintendente da SAEGO, Manoel Messias.
“O Prefeito Leonardo Menezes criou a SAEGO para estar olhando mais de perto essa situação [do abastecimento de água], atendendo a chamados, criando protocolos, mas principalmente, criando e regulamentando soluções alternativas, como as fossas sépticas, poços artesianos, biodigestores, para não travar a cidade”, explica o superintendente.
Atuação técnica e social
Desde sua criação, a SAEGO se consolidou como órgão regulador e fiscalizador em Goianésia, prestando apoio técnico e também social para a população.
A SAEGO está à frente, por exemplo, de todo o sistema de água e esgoto do Residencial Hermínio Lopes, que atenderá as 600 famílias contempladas pelo maior programa habitacional da história de Goianésia.
É responsável também por levar segurança hídrica ao povoado de Morro branco, através da construção do poço artesiano, que vai abastecer a região que sofre há mais de trinta anos com o abastecimento irregular de água potável.
O projeto de construção do poço artesiano de Morro Branco foi contemplado com duas emendas parlamentares, uma do ex-deputado estadual Dr. Helio de Sousa e outra do ex-deputado federal Zé Mário Schreiner, que somam a quantia de R$150 mil. O investimento traz celeridade à obra, para que o problema seja sanado o mais breve possível.
Nova licitação
A Prefeitura de Goianésia, por meio da Superintendência de Água e Esgoto, já deu início ao processo licitatório, que deve conceder à uma nova concessionária o direito de gerir o abastecimento de água e tratamento de esgoto em Goianésia.
Uma primeira versão do edital de licitação foi apresentada e o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás solicitou a adequação de determinados pontos.
Após a devida adequação do edital, o mesmo foi submetido novamente ao TCM, e a Prefeitura de Goianésia aguarda parecer favorável do Tribunal, para dar seguimento à licitação.
Manoel Messias ainda aponta que, apesar de haver um bom relacionamento entre a equipe local da SANEAGO e a Prefeitura, o órgão segue arrecadando cerca de R$3 milhões mensais na cidade, mas não realiza nenhum tipo de investimento, sob a alegação da falta de contrato com o município.
A conta de água vai ficar mais cara?
Com a possibilidade de uma nova concessionária assumir a gestão hídrica em Goianésia, há uma preocupação, entre os contribuintes, de que a conta poderá ficar mais cara.
Messias explica que o suposto aumento das tarifas foge da realidade das especificações do edital de licitação. “Para uma empresa assumir, ela tem que comprovar que ela consegue, por capacidade técnica, e ela tem que oferecer um menor preço”
Em outras palavras, a empresa que vencer a licitação, deverá atender não apenas os rígidos critérios técnicos, comprovando que é capaz de gerir o abastecimento e tratamento sanitário do município, como também deverá oferecer a menor tarifa do mercado.