Sidrônio Alves de Lima, de 48 anos, foi condenado em júri popular a 18 anos de prisão, nesta terça-feira (23), pela morte da ex-esposa Neurice Araújo Torres, que tinha 53 anos. A agricultora foi encontrada morta seminua com a cabeça mergulhada em uma caixa d’água, no assentamento rural onde morava em Minaçu, no norte goiano.
A Justiça determinou que o réu cumpra a pena em regime fechado e pague pelos custos do processo.
O julgamento teve início às 9h da manhã e seguiu até 23h, onde foram ouvidas 11 testemunhas. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Goiás (MST), do qual a vítima fazia parte, esteve presente na sessão.
Nas redes sociais, integrantes do MST fizeram diversas postagens em que informaram que a ida ao júri foi uma “forma de pressionar por uma condenação justa e exemplar, além de dar suporte à família e amigos de Neurice”.
O crime aconteceu no dia 11 de setembro de 2022. A agricultura Neurice, ou “Dona Neura” como era conhecida pelos companheiros de assentamento, estava separada de Sidronio desde 2017, após ter denunciado o companheiro por agressão e tentativa de estupro.
Momentos antes de morrer, a agricultora mandou mensagem para uma das filhas afirmando que o marido estava rondando a casa dela e por isso estava com medo, de acordo com a Polícia Civil (PC).
Nessa época, o delegado responsável pelo caso, Jader Bruno Vieira, disse ao g1, que o réu estava casado com outra mulher, mas não aceitava o fim do relacionamento com Neurice. Ele teria a procurando para ter relações extraconjugais, mas a vítima negava a reaproximação.
“Conseguimos levantar que o investigado estava na casa da vítima entre 1h e 1h30, horário compatível com o da morte. Levantou-se também que ele estava na cidade de Trombas, local próximo ao assentamento onde a vítima morava e foi vitimada, ingerindo bebida alcoólica”, disse Jarder.
O investigador acrescentou que o corpo de Neurice apresentava sinais visíveis de violência. Ele declarou também que a trajetória do ex-marido no dia do crime o colocava como suspeito.
G1 GO